Covid-19: Saiba quais os efeitos colaterais das vacinas em uso no Ceará
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Os imunizantes, apesar de demonstrarem eficácia na sua ação contra o vírus, também podem causar alguns efeitos colaterais já previstos nas bulas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
Diante do cenário ainda
preocupante de pandemia, uma das saídas para controlar a Covid-19 é por meio da
vacinação. No Ceará, quatro vacinas estão autorizadas para uso:
CoronaVac/Instituto Butantan, AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech e,
recentemente, Sputnik V. Os imunizantes demonstraram eficácia contra o vírus,
mas podem causar alguns efeitos colaterais já previstos nas bulas dos
medicamentos.
Confira os efeitos adversos
dos imunizantes em uso no Estado:
CoronaVac
Com taxa de eficácia de
50,38% contra a doença, os efeitos colaterais mais comuns são dores no local da
aplicação, dores de cabeça, febre, enjoo e cansaço após a primeira dose.
Segundo o Instituto Butantan, responsável por produzir a vacina no Brasil, não
foram registrados sintomas graves relacionados à vacinação durante os testes
clínicos.
AstraZeneca
Produzida pela Universidade
de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil, a
AstraZeneca tem eficácia contra o vírus de 79% em casos sintomáticos. Em idosos
a partir de 65 anos, o percentual chega a 85%. O imunizante possui os seguintes
efeitos colaterais: sensibilidade no local da injeção, dor de cabeça, dor
muscular, náuseas, fadiga, febre, enjoo (vômitos) e sensação de tontura.
Pfizer
Possui a taxa de eficácia
que chega a 93% após a aplicação de duas doses. Os efeitos adversos mais
comuns, apresentados nos ensaios clínicos, foram fadiga, dores de cabeça, dores
no corpo, diarreia, calafrios, náusea, vômito e febre.
Sputnik
V
O índice de eficácia do
imunizante é de 91,6%, conforme o estudo publicado na revista The Lancet.
Dentre os efeitos colaterais mais citados na pesquisa, estão: dores no local da
injeção, dores de cabeça, cansaço e sintomas gripais leves.
Manifestações podem variar
Após receber a vacina, o
sistema imunológico começa a trabalhar, mas o fato de a pessoa sentir ou não os
efeitos colaterais não indica que o imunizante não está sendo benéfico no
organismo. “Os imunizantes se manifestam
de formas diferentes em cada pessoa. Os efeitos podem ser comuns, muito comuns
ou incomuns após a vacinação e fazem parte da nossa resposta imunológica que é
benéfica”, explica a especialista em imunologia, doutora em Bioquímica e
professora do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Ceará (UFC),
Erika Freitas Mota.
Nas últimas semanas, uma
discussão nas redes sociais foi gerada sobre os efeitos colaterais da vacina
AstraZeneca. Em algumas publicações, usuários apontaram que não queriam receber
o imunizante para evitar os efeitos colaterais. O compartilhamento dessas
informações pode promover o agravamento da campanha de vacinação, assim como
prejudicar o controle da pandemia do coronavírus. É o que explica a professora
Erika Freitas Mota.
“Vacina boa é a vacina que
chega no nosso braço. Fazer uma escolha não é adequado porque o vírus continua
circulando. A gente não tem uma escolha. Toda vacina que está chegando é
segura, e precisamos confiar porque ela foi liberada após passar por testes de
segurança e de eficácia. A vacina é que vai nos salvar dessa pandemia”, explica
a professora. A especialista ainda destacou a importância do retorno para tomar
a segunda dose da vacina para completar o ciclo de imunização contra o vírus.
Professor de Ciências
Sociais, Paulo Victor da Silva, de 26 anos, incluído na quarta fase do grupo
prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI), recebeu a primeira dose da
vacina na última quinta-feira, 3 de junho, em Fortaleza. Segundo ele, a
movimentação em relação a esses efeitos colaterais parte de um desconhecimento
de algumas pessoas em relação à efetivação da vacina. "É sempre bom
consultar e ouvir a opinião de especialistas da área da saúde e ter o
conhecimento sobre esses efeitos", diz.
O profissional da educação,
imunizado com AstraZeneca, informou que sentiu apenas febre, fadiga e o braço
dolorido. "Logo todos esse efeitos passaram no decorrer do dia seguinte.
Pretendo com toda a certeza do mundo voltar para tomar a segunda dose, que é de
extrema importância para a eficácia 100% da vacina contra o vírus",
informa o professor.
Fonte: O Povo
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