Temer pede que ninguém fale nome de Ciro Gomes em reunião, revela Eunício

O senador Eunício Oliveira (PMDB), durante entrevista na Rádio Tribuna Bandnews FM, nesta sexta-feira (25), disse que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é um “ingrato”, “desequilibrado” que “não mede as palavras e não respeita o adversário”, em resposta a ataques feitos pelo rival político no início de novembro. Eunício falou também sobre a articulação com o Governo Federal que resultou no repasse de R$ 40 milhões para ações de convivência com a seca e pontuou que, em um dos encontros com o presidente Michel Temer (PMDB) para tratar da verba, Temer pediu para que o nome de Ciro Gomes não fosse citado.


No começo de novembro, em entrevista a um blog de Sobral, Ciro chamou os senadores Tasso Jereissati e Eunício Oliveira de “picaretas-mor” e disse que os partidos PSDB e PMDB são uma “indústria de picaretas”.


Questionado sobre o ataque do adversário, Eunício afirmou que, durante reunião com o presidente Temer e outros articuladores do Estado, foi dito, pelo presidente, que “a reunião não poderia prosseguir se houvesse a citação do nome desse cidadão”, em referência a Ciro Gomes.
Eunício voltou a criticar o ex-ministro, afirmando que ele “vive nababescamente em uma mansão suspensa à beira-mar”, mas “ninguém sabe onde ele trabalha”. Eunício disse ainda que a história de Ciro no Estado se deve à “renovação política feita por Tasso”. “Tasso Jereissati o fez presidente da Assembleia (Legislativa) e, na sequência, o fez governador. Ele, além de ingrato, é um desequilibrado que não mede as palavras, não respeita o adversário”, rebateu Eunício.O senador do PMDB ainda falou sobre a pré-candidatura de Ciro à presidência da República em 2018. “Só quem acredita é ele próprio, porque eu não conheço ninguém no Brasil que acredite ou leve a sério qualquer candidatura desse cidadão, que é um tresloucado”.“Ciro vive nababescamente em uma mansão suspensa à Beira-Mar… Ninguém sabe onde ele trabalha”. (Eunício Oliveira)

Planos para 2018Ainda que focado em ser eleito novo presidente do Senado para o biênio 2017-2018, Eunício falou sobre expectativas para as articulações nas eleições de 2018 no Ceará. Questionado se pode abrir mão de disputar novamente o Governo do Estado em detrimento da candidatura do deputado estadual Capitão Wagner (PR), Eunício disse que ainda não há definições entre aliados.
“Não é uma relação egoísta, é uma relação de um grupo político que quer representar o Ceará e sair dessa ditadura que foi instalada irmãos (Cid e Ciro Gomes) que acham que são, além de donos do Ceará, donos da vontade do povo”, afirmou. Ainda assim fez referência ao fato de que não há ninguém “na cabeceira”, ou seja, não há privilegiados para nenhum integrante da aliança entre PMDB, PSDB e PR para o próximo pleito.
Verba para o Ceará
Durante a entrevista, Eunício Oliveira reforçou que a liberação de R$ 40 milhões para ações de combate à seca no Ceará atende integralmente um pedido por recursos feito pelo governador Camilo Santana, apesar da negociação ter sido uma articulação de Tasso Jereissati e dele.
O senador disse ainda que, há seis meses no governo, Michel Temer já liberou mais dinheiro para obras no Ceará de enfrentamento à seca do que na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, que era do mesmo partido do governador.
“Não houve nenhum tipo de pressão (do governador Camilo), pelo contrário, houve um ofício do governador datado da semana passada direcionado ao ministro Helder Barbalho, que deu conhecimento a mim e ao Tasso Jereissati dessa solicitação e pediu que fizéssemos uma gestão junto ao presidente da República. Em menos de 10 minutos, o presidente da República disse que liberasse o pedido do governador“, disse Eunício.
“Ingrato, desequilibrado e tresloucado. Só dedico a ele o meu desprezo”. (Eunício Oliveira, sobre Ciro Gomes)
Visita de TemerO senador pontuou que os senadores estão articulando visita de Michel Temer ao Ceará, ainda sem data definida. O objetivo é que o presidente faça a primeira visita ao Estado, desde que assumiu o Governo, para assinar regulamentação de contrato com agricultores endividados, entregar casas do Minha Casa e Minha Vida e assinar convênio de programa de reforma de casas.
Eunício repercutiu ainda a crise no governo envolvendo a saída de dois ministros. O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pediu demissão do cargo após, supostamente, sofrer pressão por parte do secretário do Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador. Geddel também se demitiu nesta sexta-feira (25). Em depoimento na Polícia Federal, Calero teria dito ter sofrido pressão do presidente da República.
“Lamentável que um ministro do governo grave o presidente da República numa conversa, felizmente, republicana que o presidente teve com ele. Acho extremamente lamentável, até porque, para entrar nesse gabinete, você deixa seu telefone fora. Se o ministro entrou com telefone, ele entrou clandestinamente”, afirmou Eunício. Ainda assim, ele disse que Temer “tomará providências”.
(Tribuna do Ceará)

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